Seja Bem Vindo

6.9.16



Na Rua Nicarágua, no Bacacheri, na cidade de Curitiba no Paraná mora um pequeno enclave egípcio. Um Museu onde o tema é recorrente nos seis edifícios da Antiga e Mística Ordem Rosacruz (Amorc), considerada a fraternidade mais antiga do mundo. 

A sociedade, que um dia já foi secreta para se esconder de duras perseguições, completa 60 anos de sua presença no Brasil e hoje é uma organização filosófica que busca transmitir para seus membros conhecimentos místicos sobre os grandes mistérios que cercam a existência humana e o universo, a fim de ajudar no desenvolvimento interior de cada um.


Prédio da administração: o principal símbolo é a cruz com uma rosa em seu meio, que representa o desabrochar da consciência por meio das experiências humanas.  / Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo


“A Rosacruz não é uma religião, mas uma filosofia, que reúne diversos conhecimentos. Boa parte do Egito, mas não só”, esclarece Hélio de Moraes e Marques, grande mestre da jurisdição de língua portuguesa da ordem e especialista em filosofia antiga. “Ela tomou corpo quando o faraó Tutmés III reuniu as escolas de mistério, agrupações de pessoas interessadas em discutir filosofia, arte e ciências, em uma única ordem. Um século mais tarde, o faraó Amenhotep IV sistematizou os ensinamentos da fraternidade, rompeu com a crença em diversos deuses da época e inaugurou o monoteísmo. Ele reconhecia o sol como símbolo de uma única divindade.”


A partir do século 17, a ordem, que também remonta aos cavaleiros templários – monges que aprenderam a empunhar espadas para defender Jerusalém – torna pública e oficial sua existência, creditando também algumas filiações de peso a sua história, como Leonardo da Vinci, René Descartes, Teresa de Ávila e Francis Bacon.

O conjunto arquitetônico da ordem em Curitiba foi levantado no Bacacheri não por qualquer motivo esotérico, mas porque uma pequena cachoeira próxima dali roubou o coração dos representantes da fraternidade que vasculharam o Brasil atrás de um local para receber a instituição. “Aqui foi o lugar mais agradável que encontraram”, conta Marques.

O complexo começou a ser construído em 1956 sob a direção da primeira grande mestre brasileira da fraternidade, a carioca Maria Moura. Construtivamente, segue a alvenaria tradicional. E esteticamente é uma releitura contemporânea de proporções menores da arquitetura egípcia clássica.


Colunas em forma de papiro, elemento clássico dos egípcios. / Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo



Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo


Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo


Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo


No Museu o item de maior destaque é uma múmia verdadeira de uma mulher egípcia que viveu há mais de 2,5 mil anos, conhecida como Tothmea.


Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo


Ele funciona de segunda à sexta-feira das 08 às 12 horas e das 13 às 17h30; aos sábados as instalações funcionam das 10h às 17h, e aos domingos das 9h às 12h. Ele está localizado na Rua Nicarágua, 2.620, Curitiba, PR. Mais informações: (41) 3351-3000.




Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br



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