A maioria das divindades egípcias surgiu pela primeira vez como cultos muito localizados e em toda a sua história mantiveram os seus centros locais de culto, com a maioria das capitais e cidades sendo amplamente conhecidas como lar dessas divindades. Ísis foi, em sua origem, uma divindade independente e popular estabelecida em tempos pré-dinásticos, anteriormente a 3100 a.C., em Sebenitos no delta do Nilo.
No Egito, existiram três grandes templos em homenagem a Ísis:
em Behbeit el-Hagar, no delta do Nilo, atualmente em ruínas;
em Dendara, no Alto Egito, onde existe um santuário a Hathor parcialmente preservado;
em Filas.
Na ilha de Filas, no Alto Nilo, o culto a Ísis e Osíris persistiu até ao século VI, ou seja, muito tempo após a ascensão do cristianismo e a subsequente supressão do paganismo. O decreto de Teodósio (cerca de 380 d.C.) determinando a destruição de todos os templos pagãos, não foi aplicada em Filas até ao governo de Justiniano I. Essa tolerância foi devido a um antigo tratado celebrado entre os Blemyes-Nobadae e Diocleciano. Todos os anos, eles visitavam Elefantina e, em determinados períodos levavam a imagem de Ísis rio acima para a terra dos Blemyes para fins divinatórios, devolvendo-a em seguida. Justiniano enviou Narses para destruir os santuários, prender os sacerdotes e arrestar as imagens sagradas para Constantinopla. Filas foi o último dos antigos templos egípcios a ser fechado.
Templo de Ísis, Roma
Eventualmente, templos a Ísis começaram a se difundir além das fronteiras do Egito. Em muitos locais, em especial em Biblos, o seu culto assumiu o lugar da Deusa semita Astarte, aparentemente pela semelhança entre os seus nomes e atributos. À época do helenismo, devido aos seus atributos de protetora e mãe, assim como ao seu aspecto luxurioso, adquirido quando ela incorporou alguns dos aspectos de Hator, ela tornou-se padroeira dos marinheiros, que difundiram o seu culto graças aos navios mercantes que circulavam no mar Mediterrâneo.
Templo de Ísis, Pompeia
Através do mundo greco-romano, Ísis tornou-se um dos mais significativos mistérios, e muitos autores clássicos fazem referência, em suas obras, aos seus templos, cultos e rituais. Templos em sua homenagem foram erguidos na Grécia e em Roma, tendo sido colocado a descoberto um bem preservado exemplar em Pompeia.
Da mesma forma, a deusa árabe "Al-Ozza" ou "Al-Uzza" (em árabe, العُزّى, al ȝozza), cujo nome é semelhante ao de Ísis, acredita-se que seja uma manifestação sua. Isso, porém, é entendido apenas com base na semelhança entre os nomes.
Fonte: https://pt.wikipedia.org